O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, convocou uma coletiva de imprensa, (28), no CT do Dourado para falar sobre as rescisões de Nicolás Quagliata e Pablo Ceppelini. O dirigente não deu detalhes sobre as motivações das saídas, entretanto, afirmou que o clube é rigído internamente e não tolera falta de comprometimento dos atletas, indicando que possivelmente o comportamento fora dos gramados da dupla não vinha agradando.
“O Cuiabá é um clube muito diferente dos outros. Sempre foi clube-empresa, nunca foi associação, gerido de dentro para fora. O Cuiabá nunca foi gerido pelas opiniões de fora do clube. Se não tiver uma cobrança muito forte aqui dentro, as coisas não andam. Aqui não tem uma imprensa esportiva terrível nas críticas, não tem e nunca vai ter torcida organizada que pressiona os jogadores, que vem tacar pedra no carro”, disse.
Dresch alertou que as rescisões no clube acontecem desde o início da gestão. “São coisas que acontecem desde 2011, quando o Cuiabá estava na Série D. Aqui, se não andar conforme as coisas que gostamos e precisamos, vai sair. Tem uma frase que eu costumo usar: quem não ajuda, atrapalha. A gente precisa de pessoas comprometidas. A maioria das pessoas tem que trabalhar oito horas por dia, e o jogador trabalha em torno de quatro horas presencialmente. Quando ele não está aqui, ele está trabalhando também, porque precisa descansar, comer e dormir. E isso interfere no resultado dentro de campo. Quem não estiver rendendo, vai sair, seja o menor ou maior salário. Aqui tem que dançar a nossa música, quem não dançar, sai fora”, disparou.
O presidente negou qualquer problema interno, mas demonstrou preocupação com o momento do Cuiabá de seis partidas sem vencer. “Falo para os jogadores e para a comissão técnica: aqui a gente não está para fazer amizade. Estamos aqui pra ganhar jogo. Eu nunca levei ninguém do Cuiabá para fazer churrasco na minha casa. As pessoas querem que a gente mate o gato, ninguém quer saber se vai ser na pedrada ou na paulada. Aqui ninguém tem problema pessoal. Se tiver clima bom com um empate em seis jogos seria estranho. Aqui é um ambiente profissional, sabemos que precisamos melhorar para voltar a ganhar. Os jogadores estão sendo cobrados. Aqui não é lugar para fazer amizade, aqui é para ganhar jogo”, revelou.
Ele também assegurou a permanência do técnico António Oliveira. “O trabalho do António é o mesmo. Você tem que analisar o seguinte no treinador, primeiro, se tem o comando do grupo e, segundo, se o trabalho tático é bem-feito. O António tem o respeito dos jogadores e o trabalho é o mesmo. O António vai conosco até o final. Eu falei isso ano passado numa situação muito pior. Eu confio nele. As mudanças de treinador têm que ter um motivo. Não é porque está perdendo ou porque a torcida não gosta. Tem vários exemplos de clubes que fazem isso e o resultado é horrível. O António está mantido e está prestigiado até o final do campeonato”, concluiu.
O Cuiabá está na décima segunda posição com 29 pontos, oito vitórias, cinco empates, 11 derrotas e 40% de aproveitamento. Na próxima partida, pela rodada 25, o Dourado recebe o Fluminense na Arena Pantanal, no sábado, às 18h30.
fonte:sonoticias
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