“Forma de execução é a marca do Comando Vermelho”, diz delegado sobre morte de cantora trans

O delegado de Polícia Civil de Sinop Braulio Junqueira, que está a frente das investigações do homicídio da cantora transexual Santrosa, de 27 anos, afirmou nesta segunda-feira (11), que ela foi assassinada por membros da facção Comando Vermelho. Santrosa foi encontrada morta neste domingo (10), em um matagal de Sinop. Ela estava com as mãos e os pés amarrados, decapitada.

Além de cantora, ela foi candidata a vereadora pela cidade nas eleições de 2024, obtendo 121 votos e se tornando suplente.  Ela era conhecida por defender pautas voltadas à comunidade periférica da cidade.

“A forma como foi feita essa execução, de sequestrar e decapitar a pessoa, que é uma marca registrada dessa quadrilha, que é o que eles fazem com caguetas, com informantes e pessoas que jogam contra o Comando Vermelho. Então, em razão disso a polícia vai trabalhar pra ver se chega aos autores desse crime”, disse Junqueira.

“Nos não temos dúvidas de que quem matou foi algum integrante do Comando Vermelho, mas agora falta definir realmente a motivação desse crime”, completou.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava desaparecida desde a manhã de sábado (9), quando saiu de casa por volta das 11h.

Ela tinha uma apresentação marcada para o período noturno, mas não compareceu ao evento.

A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso divulgou nota manifestando pesar pela morte cruel da cantora trans.

A entidade informou que já acionou o Grupo Estadual de Combates aos Crimes de Homofobia (GECCH) e cobrará das autoridades a apuração dos culpados.

fonte:odocumento.com.br

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